Parahyba feminina

02/04/2019

Coluna Direito e Arte / Coordenadora Taysa Matos

Olhei para o céu no mês do São João. Ele continuava lindo. Fogueiras incendiárias das ancestrais femininas douravam o milho, tão saboroso. Foi quando fiquei na janela te esperando. O tempo, em cristais de flor, reluzia branda e longamente na memória do presente. As bandeirolas enfeitavam as ruas das meninas que só pensavam em namorar. Ele me chamou de joia do nordeste: uma Turmalina Paraíba, um mineral prismático de três faces, um cristal que a fractura é subconcoidal e regular e me apresento multi-colorida, nas diversas cores do arco-íris ou dos vestidos de chita. Em tempo de mentiras, existem gemas, bolsas, telas e roupas falsas. Os piratas vão dançar a quadrilha. A saudade do meu bem, brilha como uma turmalina e maltrata meu coração.  O amor é ilusão. Santa Luzia me fez enxergar.

 

Feminismos, Artes e Direitos das Humanas

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